Psicóloga formada pela Universidade São Francisco (USF), especialista em Psicoterapia Analítica de Grupo pela Sociedade de Psicoterapia Analítica de Grupo (SPAG), e em Dependência Química pela Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Há mais de 18 anos atende em consultório localizado em Vinhedo, realizando atendimentos de psicoterapia individual para adultos, psicoterapia de casal e família e grupoterapia.
Atua em psicoterapia em casos de ansiedade, compulsão, somatização, depressão, conflitos conjugais e familiares e busca por auto-conhecimento para compreensão de si mesmo.
Atua também como consultora na condução de palestras e treinamentos voltados ao desenvolvimento de pessoas, equipes e organizações. É Consultora e Diretora de projetos da Antunes Galvão.
"A verdade é sempre um contato interior inexplicável"
Clarice Lispector
Afinal, o que é Psicoterapia e para que serve?
A psicoterapia é um termo genérico que faz referência a todo e qualquer tratamento realizado com finalidade psicológica, em que o objetivo maior é o de ajudar as pessoas a se conhecerem melhor, e a se aliviarem de pressões e desconfortos através da fala.
É um processo que leva o sujeito a um encontro consigo mesmo, por meio da escuta da própria voz. E na medida em que esta voz vai surgindo em um espaço terapêutico seguro e desprovido de julgamento, o indivíduo vai sendo convidado a examinar sentimentos, conhecer desejos, enfrentar conflitos, rever escolhas, e perceber padrões de comportamento que o definem, e, portanto, fazem parte de sua construção pessoal.
Essa análise de si mesmo não é tarefa simples e tampouco rápida, mas fornece ao indivíduo uma ampliação da consciência, o que o garante maior autonomia para ser, agir e criar a própria vida, a partir de um contato interior que traz à tona as verdades que o trouxeram ao momento atual, e que o fazem repetir, na maior parte do tempo, os mesmos padrões de escolha e conduta, porque caracterizam dificuldades construídas e organizadas a longo prazo.
A psicoterapia, portanto, auxilia o homem a se tornar sujeito da própria história, e por isso, é uma prática que serve para a vida!
"Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais, somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos, sem querer."
Sigmund Freud
A psicanálise é uma das possibilidades de psicoterapia. Criada por Freud no início do século XX é uma modalidade terapêutica que admite a existência do inconsciente, um lugar que mora dentro de nós, é responsável por muitas de nossas motivações, mas nos esconde verdades, lembranças e desejos, por estes representarem algum tipo de desconforto ou ameaça.
Neste sentido, esta prática terapêutica revela que o nosso livre arbítrio e a consciência acerca de nossas ações e escolhas ficam comprometidas pela força do nosso inconsciente, já que vivemos impulsionados pelos conteúdos que lá residem, e que não temos conhecimento e compreensão.
Desta forma, a psicanálise empreende uma busca para o que existe por baixo da superfície do homem, além daquilo que pode ser facilmente observável, convidando o sujeito, que se submete à análise, a mergulhar em si mesmo, acreditando que deste mergulho, inicialmente no escuro, por meio do uso da palavra, possa surgir uma luz, que trará forma e significado ao oceano de possibilidades que é o homem e sua subjetividade.
A psicoterapia psicanalítica nos mostra que os conflitos, incômodos e a nossa rigidez, que nos dificulta à possibilidade de mudança, têm condições de serem flexibilizados e amenizados, na medida em que nos dispomos a conhecer nossas camadas mais profundas e a administrar o nosso sofrimento.
Reconhecermo-nos como de fato somos, nos permite pensar sobre quem podemos ser!
O grupo constitui importância na vida do ser humano, já que desde o nascimento o homem participa de distintos grupos sociais que acompanham e permeiam a sua história.
O homem é influenciado pelo mundo no qual vive e pelos grupos nos quais convive, e desta forma, os aspectos sociais e culturais são decisivos para determinar a estrutura psicológica de toda e qualquer pessoa.
Assim, se o convívio no grupo pode expor o homem à vivência de dificuldades individuais, o convívio no grupo também pode levar o homem à resolução destas próprias dificuldades.
Neste sentido que surge a grupoterapia como uma modalidade de psicoterapia que assume, o grupo em si, como a principal ferramenta terapêutica no processo de auto-conhecimento.
Em grupo os participantes são encorajados a se comunicarem e a trocarem experiências, de modo que todos possam atuar enquanto facilitadores da mudança, o que os ajuda a desenvolver autonomia, segurança e criatividade na busca pela resolução das dificuldades compartilhadas.
Aos poucos, neste contexto terapêutico cada indivíduo vai sendo apresentado a si mesmo não só pela imagem que refletem no terapeuta, mas também, na medida em que vão detectando e reconhecendo aspectos próprios nos comportamentos e falas de outros membros do grupo.
Essa identificação com os demais participantes contribui para amenizar a ansiedade existente em todo processo psicoterapêutico, pois ao observar no outro as minhas próprias dores, não me sinto sozinho e me torno mais confiante para aceitar a minha condição e buscar a mudança.
O trabalho em grupo estimula um clima de solidariedade, e com o tempo o grupo vai se tornando um lugar de suporte para o sofrimento humano e para a organização de novas vivências.
"Viver junto nos mata. Separarmo-nos é mortal."
Jean-Pierre Caillot e Gérard Decherf
É comum na clínica nos depararmos com casais que não conseguem viver separados, mas também não conseguem viver juntos. O estar com o outro gera uma constante insatisfação, e ficar longe pode ser algo muitas vezes impensável por despertar a sensação de perda e solidão.
De modo geral, observamos que os casais que procuram a psicoterapia, buscam este tipo de ajuda diante de um profundo e recíproco desentendimento, estabelecido, na maior parte das vezes, a longo prazo.
Diante disso, o objetivo deste tipo de atendimento é o de criar um espaço para o casal, em que o diálogo seja possível, para que ambos possam ouvir as vozes do outro e também as próprias vozes, no sentido de buscarem compreender o que os faz permanecer nesta relação, avaliando o relacionamento, os pontos em comum, e as divergências, para que possam decidir, de modo consciente, o caminho a ser seguido.
A família é o primeiro sistema social ao qual pertencemos, e é neste cenário que passamos a nos reconhecer enquanto pessoa, e que somos apresentados às diferenças humanas e aos primeiros papéis sociais.
Como lugar de convivência íntima entre seres diferentes, a família gera não só encontros, mas também desencontros, e neste sentido, é preciso que a família tenha condições de enfrentar as dificuldades que inevitavelmente surgem em seu sistema.
Quando, no ambiente familiar, não é possível entrar em contato com o conflito, sintomas que geram ansiedade e dificultam a comunicação vão sendo instalados, impedindo um relacionamento tranquilo e saudável.
Desta forma, este tipo de atendimento visa conhecer e compreender a estrutura e a dinâmica familiar, para que os membros familiares ampliem a consciência sobre a forma com que se estruturaram em seus respectivos papéis e com que organizaram as suas relações, gerando assim, a possibilidade de flexibilizarem o que fora construído em conjunto.
Nos encontros, a família é encorajada a se comunicar de modo verdadeiro, e é a partir desta comunicação ampliada que a mesma vai acessando os conflitos, os segredos, o não dito, compreendendo a participação de todos no que causa mal-estar, podendo a partir deste entendimento, pensar em uma nova estratégia rumo à uma convivência mais harmoniosa.
Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo. 
O psicoterapeuta é alguém que acompanha o paciente em seu percurso rumo ao conhecimento pessoal, o apoiando ao longo deste processo;
Alguém que se dispõe a conhecer a intimidade de um outro que o procura, para o ajudar a aliviar as dores e sofrimentos inerentes do processo de viver;
Alguém que deve ter um olhar desejante de saber, que permita enxergar o que já está lá contido em quem se apresenta;
Alguém que deve se despir da própria subjetividade para entender a subjetividade do outro, sob a perspectiva deste outro;
Alguém que escuta, e que auxilia o paciente na escuta da própria voz, no sentido de compreender o que diz e vivencia o mesmo;
Alguém que deve funcionar como um espelho, que devolve com clareza e nitidez a imagem real que se revela nele;
Alguém que se disponibiliza a organizar as peças de um quebra-cabeça, a escavar e juntar fragmentos, pois sabe que juntos terão um sentido por fazerem parte de um todo;
Alguém que ajuda o paciente a existir para si mesmo, o auxiliando a usar os próprios recursos psíquicos para pensar por si;
Alguém que apesar do desejo do paciente em se esconder, não irá desistir de procura-lo.
O consultório conta com um espaço de encontro semanal para gestantes e mães recentes compartilharem sentimentos, inseguranças e refletirem sobre as mudanças que enfrentam.
Venha compartilhar sua experiência conosco!
